Notícia - Diretor do programa de Aids da ONU prevê fim da epidemia em 2030

Diretor do programa de Aids da ONU prevê fim da epidemia em 2030

Presente nas comemorações de 30 anos do Programa Estadual de DST/Aids de São Paulo, o diretor adjunto do Unaids (Programa de Aids das Nações Unidas) e subsecretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Luiz Antonio Loures, estimou nesta terça-feira (29) que a epidemia de Aids deverá ter fim em 2030.

"A minha perspectiva pessoal, não é uma estimativa institucional da Unaids, eu acho que 2030 é um alvo razoável para pensar sobre o fim da epidemia. Se tomarmos em consideração a experiência histórica, o tempo que levou a expansão dos tratamentos dá um bom parâmetro de pensar que, talvez, 15 anos seja um tempo razoável [para o fim da epidemia]", disse em palestra durante evento no Hospital das Clínicas, na capital paulista.

De acordo com Loures, até o ano de 2015 será possível eliminar globalmente a transmissão vertical do vírus, ou seja, de mãe para filho. "Eu acredito que até 2015 é possível eliminar a transmissão mãe e filho. Existem casos acontecendo ainda no continente africano, sendo que é quase virtual a transmissão mãe filho fora da África. Esta epidemia pode ser terminada nos próximos dois três anos", disse.

Atualmente, de acordo com o diretor, a maior epidemia de Aids ocorre entre homossexuais do sexo masculino. A transmissão nesse grupo cresce em países do Hemisfério Norte, como os Estados Unidos e a Rússia; aumenta também na Europa, na África, na Ásia, e em alguns países do Hemisfério Sul.

"A epidemia entre homossexuais masculinos, essa é, no meu ver, a única epidemia verdadeiramente global que nós temos hoje, entre as muitas epidemias de Aids. O risco de um homossexual jovem adquirir HIV hoje em uma capital europeia é igual ao risco para adquirir HIV de um jovem crescendo na África do Sul, que tem a maior epidemia do mundo", destacou.

Segundo dados apresentados por Loures, em 2011 foram registradas 500 mil mortes causadas por Aids a menos do que em 2005. As maiores quedas ocorreram nos países da África Subsaariana. "Não há dúvida nenhuma que existe progresso. Isso é resultado de uma mobilização social e avanço da ciência", disse.

Fonte: UOL Saúde

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